sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Abra a cam para praticarmos naturismo ....



A interconexão de computadores gerou possibilidades jamais pensadas no contexto das telecomunicações. Potencialmente, a internet permitiu a qualquer usuário conhecer tudo e interagir com todos, por exemplo através de ambientes coletivos reúnem inúmeros usuários independentemente da localidade.

As interações no campo virtual possibilitaram assim a ampliação dos contatos que dificilmente seriam travados no mundo físico. Surgem assim novas redes sociais, que passam a coexistir com as "comunidades espaciais" estabelecidas previamente.

Acredito na necessidade de pensar esse conceito, que no meio naturista pode ser ser facilmente compreendido a partir dos perfis construídos pelos usuários dos sites de relacionamentos, como o Orkut, o NuBrasil e os Grupos do Yahoo, devido a novas possibilidades que eles suscitam.

O mundo virtual, as interações entre naturistas podem ser uma forma de aproximação, de conhecimento, de novas amizades, no entanto pode também ser um refúgio para pessoas que procuram no anonimato a possibilidade de fantasiar e até mesmo simular um relacionamento que eles não conseguem desenvolver na vida real.

Abra a cam para praticamos o naturismo ... você tem fotos nú(a) .... meu filho anda nú em casa junto comigo ... estou pelado ... essas (bem leves) e muitas outras frases são ouvidas inúmeras vezes e assim, temos que refletir sobre o que realmente é o naturismo. Abrir uma cam e conversar nú(a) torna a interação realmente naturista?

O naturista é alguém que se despe, antes de tudo, por dentro. A grande diferença está no que não se vê. Esse é fator distintivo: ele se despe dos preconceitos o do falso moralismo que são tão comuns nas estruturas sociais tradicionais . Ele se despe de limites sociais e se estutura sobre valores morais, este sim, que devem ser as verdadeiras condicionantes dos seres humanos.

Num meio naturista, não existe um limite físico com o outro. Não existe nenhum pedaço de pano impedindo-lhes o acesso visual o tátil às outras pessoas. O limite não esá visível aos olhos: está na postura e no caráter das pessoas.

O ato de tirar a roupa, para o naturista, é a última etapa do processo que começou muito antes, dento de si mesmo, e que mudou a sua forma de ver o mundo. Antes da roupa se despiu dos falsos pudores, dos tabus do sexo visual, dos conceitos deturpados sobre o corpo. Muito antes das roupas ele já se despiu da vergonha do seu próprio corpo.

Para o naturista, tirar ou não a roupa não passa de um simples detalhe. A verdadeira baalha já venceu dento de si. A nudez é uma expressão, o Naturismo é muito mais que ficar nú entre pessoas: é uma filosofia de vida.

Não é ser contra as possibilidades que a internet traz, mas sim refletir sobre o que realmente representa o naturismo, não apenas no mundo real, mas no mundo virtual (que a cada dia tornam-se mais dificeis de serem separados), e esperar que as pessoas caso ao lerem essa postagem se vejam como uma dessas pessoas que ainda não compreenderam o naturismo, pensem, e modifiquem suas atitudes, quem sabe, tornando-se um dia, verdadeiros naturistas.

Texto elaborado a partir de reflexões pessoais e as seguintes referências:
BODSTEIN, L. R. Revista Naturis, N.6, V.7, Outubro de 1996.

BRITO D´ANDRÉIA, C. F. et. al. As ferramentas da internet e interação social: usos e apropriações por jovens de uma faculdade particular brasileira. Disponível em http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/comunicacio.php?id=611&llengua=en.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

22 DE SETEMBRO - UM DIA SEM CARRO


O Dia sem Carro (22 de setembro) é o dia de combater a poluição do ar e a emissão excessiva de gases de efeito estufa. Para isso, a data visa a conscientização das pessoas sobre como é importante transitar menos de carro. É movendo-se de ônibus, metrô ou trem, a pé ou de bicicleta, que todos podem contribuir. Além do mais, é preciso haver investimentos em transporte coletivo de boa qualidade, mais eficiente e barato, e a criação de políticas públicas para o setor. Estimular as formas não-motorizadas de locomoção também é fundamental.

O primeiro Dia sem Carro foi realizado na França em 1998. Desde então, a mobilização se estendeu a vários países, chegando ao Brasil em 2001. Em 2005, cerca de 43 municípios participaram, como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador, entre outros. Aqui, o setor de transporte é responsável por quase a metade do consumo de petróleo no país, na forma de diesel e de gasolina. É também a principal fonte de gás carbônico nas maiores cidades brasileiras.

Além disso, a combustão de derivados de petróleo provoca sérios danos à saúde, e é a maior responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no mundo, contribuindo para o aquecimento global. Cidades modificadas para comportar mais e mais carros e menor convivência entre as pessoas também são resultados dessa "cultura do carro".

Se você tem um carro, também pode contribuir para minimizar a poluição do ar e as mudanças climáticas levando seu veículo regularmente para a revisão e mantendo-o sempre em ordem. Na hora de abastecer, priorize o álcool e o biodiesel, quando viável. Esses combustíveis emitem menos gases poluentes na atmosfera.

Mas no dia 22 de setembro, e sempre que possível, deixe seu carro na garagem. Vá de ônibus, trem ou metrô, a pé ou de bicicleta, ou incentive a carona solidária.

Junte-se ao Idec na luta por um transporte público de qualidade. Clique aqui e envie uma mensagem para as autoridades responsáveis exigindo a adoção de políticas públicas para o setor.

Seja um consumidor responsável:


Busque formas alternativas de transporte: ande a pé ou de bicicleta, utilize o transporte público, pegue carona com amigos.


Leve seu carro para a revisão periodicamente.


Priorize o álcool e o biodiesel (sustentável!) na hora de abastecer, quando possível.


Exija a criação de ciclovias seguras.

domingo, 20 de setembro de 2009

Mulheres e Naturismo

Transcrevo abaixo um interessante texto de Florência Brenner, naturista argentina, e engajada na luta pela difusão da filosofia de vida do naturismo.
A propósito do texto dela, lembrei-me também que recentemente respondi a uma pesquisa de uma psicóloga, justamente acerca da reduzida quantidade de mulheres praticando o naturismo. Uma das questões levantadas era o porquê disso... Mas são tantos os porquês... Curiosamente, o naturismo brasileiro começou com uma grande mulher, Dora Vivácqua, Luz Del Fuego... Como nos diz Rita Lee, "Luz del Fuego morreu cedo porque não tinha medo". Talvez... Ou talvez morreu cedo, porque não havia nascido para envelhecer, mas para ser assim, trágica, contestadora e breve.
Seja como for, o naturismo, que começou com Luz, reapareceu décadas depois, com as mulheres como companheiras, aquela que vai junto, muitas vezes, aquela que vai porque o marido vai. Mas ainda existem sim mulheres que lutam pelo naturismo, que, mesmo sozinhas, levantam alto essa bandeira, como Malu (que, como Luz, também é capixaba, por sinal!), como minha querida madrinha Candinha, lá na Colina, e outras poucas e boas... E, é claro, como Florência, autora do texto que segue:

A PÁGINA DA MULHER NUDISTA/NATURISTA*

Por Florencia Brenner(1)
Tradução para português de Jorge Bandeira(2)

    Pediram para que eu desse início a esta página intitulada “A Página da Mulher Nudista/Naturista”, ou da mulher que quer ser nudista ou mesmo a de que nunca quis ser naturista.
    Nós mulheres temos nossa própria história cultural, uma forma de educação toda particular, diferente da maioria dos homens e que fazem a diferença na hora de tirar a roupa e de vencer o presente pudor que nos persegue ao longo de várias gerações.
    Na pré-história a mulher não usava nenhuma roupa, e tampouco tinha o poder de decisão, carecia de auto-estima, era na verdade relegada ao papel de segundo plano, dentre as posições e status possíveis em nossa sociedade.
    O homem era o caçador, o que sustentava sua moradia, porém as mulheres é que executavam os trabalhos mais pesados. Sem dúvida, vivia-se uma grande contradição, onde a “Mãe Terra”, conhecida como “A Vênus de Lespure” (uma de suas múltiplas versões) era representada como uma mulher obesa, de grandes seios e sem rosto, que tinha a missão de cuidar de seus filhos, os seres humanos, e dar-lhes todo o necessário para a sua subsistência e garantir a procriação da espécie humana. Existe por um acaso papel mais relevante na Terra?
    Surge aqui a primeira grande contradição. Somos importantes em nossa tarefa criativa, temos a capacidade de procriar, de dar sustento aos filhos, de educá-los, e sem sombra de dúvidas historicamente sempre ocupamos um segundo plano na hora das homenagens e dos prêmios, por este motivo muitas das vezes nossa auto-estima está tão em baixa.
    Porém, não vamos divagar, vamos direto ao tema proposto para esta comunicação: desde que nasce a mulher tradicional é discriminada com uma cor, a rosa, uma cor que está associada à delicadeza, debilidade, uma cor na verdade indefinida que não tem a mesma força vibrante do vermelho. Acaba sendo um símbolo cromático de que não devemos sair de nosso papel de “desprotegidas”.
    Logo, somos submetidas a todos os tipos de condicionamentos culturais: as bonecas, os vestidos, a cozinha, a costura, vestir as Barbies e outras bonecas, jamais chegamos a ser as caçadoras de leões, nem mesmo subimos nas árvores para tirar as frutas escondidas dos donos, nunca julgamos a guerra, a polícia ou os subversivos. O que temos conseguido neste jogo de representações é, no máximo, um papel de vítimas da sociedade.
    Então, a mulher entra na fase de adolescente e a primeira coisa que aprende é que a sedução é uma arma poderosa, um poderoso instrumento de poder para compensar a falta de músculos fortes e vigorosos.
    Continuamos, observe, no rol das “desprotegidas” e este poder de sedução vem junto com um detalhe importante: a roupa, aquilo que nos marca, nos dá a forma, aquilo que os homens imaginam em suas fantasias, em seus desejos, o que estaria por baixo de toda vestimenta, e que não lhes deixam ver livremente.
    Este é o caminho seguro para a valorização do disfarce que promete sem mostrar, que sugere e que acaba cobrindo nossa verdadeira personalidade feminina. É o caminho para o “não”, quando na verdade o que se quer dizer é “sim”, porém este disfarce nos obriga a seguir este jogo de ilusão.
    As roupas são desta forma o último obstáculo, a derradeira barreira para quem seja merecedor de todos os tesouros (a nudez da mulher como objeto do desejo!), inclusive o “tesouro” da virgindade, outro dos mitos que regulou a vida de muitas das mulheres por séculos. Um mito bastante promissor ao homem, por exemplo, que levava ao altar da igreja à sua mulher, mãe de seus filhos, e mantinha no prostíbulo a sua amante com devoção carnal.
    E qual era a mensagem social naquela época?(estamos nos referindo a 500 anos de educação têxtil!). Se você, mulher, vier a perder o seu poder de sedução não vai jamais encontrar um marido, ninguém mais vai lhe desejar, e você, como uma maldição, vai “ficar para a titia”.
    Agora temos uma questão para refletir, que é a questão de encontrar respostas para entender a nossa relutância em abraçar a causa do Naturismo, resultando esta relutância em um número bem maior de homens do que mulheres naturistas.
    Este pequeno texto procura refletir sobre as teorias possíveis que envolvem esta questão.
    Algumas mulheres dizem: eu não fico nua na frente dos outros porque tenho muita vergonha, muito pudor! E o que é o pudor? Este termo, este conceito de cobrir o corpo com roupas, ou uma parte deste corpo é um conceito que podemos, sim, considerar como eminentemente cultural, religioso, se comparamos a pluralidade de diferentes culturas. A mulher mulçumana, por dogmas religiosos extremados, tem o pudor de mostrar sua cabeça, seus cabelos, já uma mulher de tradição Ocidental tem o pudor, a vergonha, de mostrar sua genitália. Observemos que as duas aparentemente tão diferentes, cultural e religiosamente, possuem uma curiosa semelhança: o conceito do PUDOR é colocado para ambas estas mulheres desde suas mais tenras infâncias.
    O pudor, neste sentido, é uma criação do ser humano. Muitos dos índios e todos os bebês não possuem a noção deste pudor. Os Naturistas, nós entendemos que todas as partes do corpo são iguais, nem melhores nem piores, não existindo, desta forma, as chamadas “partes imorais” do corpo humano.
    Esta é a primeira das premissas, o primeiro entendimento que devemos ter como mulheres que pensam em adotar o Naturismo e os seus benefícios alguma vez em nossas vidas. O corpo é somente um, e o que pode diferenciar uma mulher da outra é a atitude com que se despe, com que fica nua frente aos outros. Se nós, mulheres, assumimos que a nossa nudez é para nosso próprio deleite, algo natural e não como objeto de exibição aos outros, este antigo pudor tende a desaparecer. Algumas mulheres afirmam: sim, eu ficaria nua na frente dos outros, mas agora não posso mais, com “este corpo”, essa idade, nem me animo a ficar nua. Eis aqui neste exemplo uma das mais utilizadas variações do pudor: o pudor estético, ou “o modelo do corpo perfeito”, que não passa de um conceito totalmente temporal e cultural, que se estabelece a partir de um ideal de estética inserido na época em que vivemos. São frutos de um modismo, colocado no mercado consumidor da moda, das grifes. Hoje em dia, por exemplo, as modelos que foram retratadas pelo mestre da pintura Rubens, no Renascimento, seriam consideradas gordas e inadequadas para modelos daquele período, e o contrário também é verdadeiro: as modelos das passarelas de moda do século XXI seriam consideradas inadequadas aos mestres do estilo de pintura flamengo do Renascimento, quiçá não fossem consideradas como doentes pelo grande pintor Rubens, referência das artes plásticas dos séculos XV/XVI.
    Uma outra informação da qual devemos nos conscientizar enquanto mulheres é a de que não existem corpos perfeitos, as nudistas celestiais não existem, e que se temos alguma estima por nós devemos aceitar o nosso corpo tal como ele é, como ele se apresenta a nós e aos outros, um corpo sadio, diferenciado e singular, belo, este nosso corpo não pode ser um mero produto de um modelo cultural imposto como uma moda, algo inquestionável.
    Algumas de vocês, mulheres, dirão que esta vivência e experiência no Naturismo só podem usufruir as mulheres com mais de 50 anos. Sem dúvida, temos educado e moldado a personalidade de nossos filhos e filhas, hoje na faixa dos 30, 40 anos, e temos feito refletir sobre as “correntes” que nos aprisionaram durante todos os anos, ou seja, falamos a eles de nossas limitações, impostas por uma sociedade cruel, moralista, machista e que escamoteou nossa liberdade, da infância à nossa fase adulta. Para muitas de nós, devemos reconhecer que esta mudança não será possível, pois requer um processo de maturidade e superação muito grande, que não se dará de uma hora para outra.
    Devemos ter em mente que as futuras gerações poderão crescer livres destes preconceitos impostos e que poderão elaborar suas próprias convicções, educando desta maneira os seus filhos, educação autêntica, resgatando o conceito de auto-estima que foi perdido ao longo da História.

(1)   Florencia Brenner, escritora argentina, ativista do movimento naturista daquele país. Edita o Jornal virtual NUDELOT.
(2)   Jorge Bandeira é Historiador, Naturista do Graúna, no Amazonas.
Contatos com o tradutor: vicaflag@hotmail.com
Manaus, 14 de setembro de 2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

600 Pessoas despiram-se no gelo em um protesto contra o aquecimento global!





Mesmo sabendo que muitos naturistas não concordam com a nudez em protestos, resolvi postar essa matéria devido a sua fonte, o Greenpeace.
Foram mais de 600 voluntários posando para uma instalação do fotógrafo Spencer Tunick.
No site do Greenpeace, o texto diz que sem roupas, o corpo humano é vulnerável, exposto, é quase a vida ou a morte, referindo-se diretamente ao frio congelante da montanha na Suiça, local onde foi realizado o trabalho.
Os voluntários se despiram para protestar contra o aquecimento global, e alertar para a vulnerabilidade de nosso Planeta e da Vida ao que pode ocorrer com as mudanças climáticas. As geleiras onde foram realizadas as fotos, deverão ter desaparecidas totalmente no máximo em 2080, se continuarmos no ritmo de aquecimento atual da Terra. A matéria completa você encontra no endereço: http://www.greenpeace.org/international/news/naked -glacier-tunick-08182007 (em inglês).
Vale a pena pelo alerta!!!
Helio Fernando - Biólogo, Ambientalista e Naturista.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CURSO SOBRE NATURISMO

Se eu fosse chamado para dar um curso sobre naturismo eu prepararia um programa para uma semana da seguinte forma:

2ª FEIRA – PRIMEIRA LIÇÃO
- LIMPE SUA MENTE

Quando limpamos nossa mente estamos, na realidade, fazendo uma faxina, jogando fora algumas crenças que já não nos servem mais, abrimos espaços para coisas novas, renovamos e evoluímos como seres humanos e não ficamos presos a determinados lixos mentais.
Muitos de nós criamos apegos a coisas materiais e mentais, determinamos valor sentimental em objetos, roupas, carros etc., e ficamos também presos em conceitos sociais que não nos deixam evoluir e de nos tornarmos melhores do que somos, ficamos estagnados e a nossa natureza não flui para existir a sensibilidade de olhar o mundo em nossa volta com mais naturalidade. Ficamos impregnados de valores externos que afetam nossos relacionamentos familiares e sociais. Conclusão, não pensamos por nós mesmos e sim no que os outros irão pensar, restringimos nossa liberdade e perdemos o contato com os benefícios que a natureza pode nos proporcionar.
Podemos limpar nossas mentes desses lixos abrindo espaços para algo que nos proporcione ser mais natural.

3ª FEIRA – SEGUNDA LIÇÃO
- CONTINUE LIMPANDO

Após remoção do lixo, podemos limpar os objetos que ficaram, cuidando, lustrando e colocando nos lugares que achamos que fiquem melhores. O melhor do que ficou em nós normalmente se traduz na condição de sermos autênticos e nos acharmos mais bonitos, temos que gostar e amar a nós mesmos para que tenhamos condições de amar também outros seres, temos que estar de bem com a gente mesmo para que estejamos de bem com todos do nosso convívio, é preciso se aceitar não aceitando imposições de preconceitos ditados pelo social e dos padrões de beleza externa, é necessário que a mente esteja limpa para que o nosso olhar esteja sendo dirigido ao nosso mais íntimo ser.
Quando isso acontecer terei os melhores amigos, porque normalmente os amigos são aqueles que estão em sintonia com a gente. Poderei ainda ser solidário com aqueles que ainda não descobriram que os reais valores estão dentro de nós não dando tanta importância as aparências. Teremos condições de despojarmos de nossas roupas porque nosso olhar estará além, muito além do que sou externamente, é o merecimento de ficar sem roupas pelo desprendimento do corpo e mente.

4ª FEIRA – TERCEIRA LIÇÃO
- MANTENHA LIMPO

Queremos manter limpo o ambiente em que foi realizada a faxina, o pensamento nos conduzirá para atitudes mais puras.
“Para os puros todas as coisas são puras (Tito 1;15)”.
Não será permitido que tenhamos ações que prejudiquem outras pessoas, até mesmo nossas palavras serão melhores dirigidas em benefício de alguém, estaremos mais dispostos a ajudar e ter mais humildade para reconhecer as dificuldades de muitas pessoas em realizar a faxina mental porque o rompimento com os falsos valores requer mudança de hábitos adquiridos ao longo do tempo.
É reconhecer que a importância da vida não é, em última análise, a sexualidade de cada um de nós e que em nossas diferenças é que encontramos a perfeição da natureza, é saber que o mais importante é a vida.
Quando estamos mantendo limpo nosso ambiente mental os pensamentos maliciosos, pornográficos e desrespeitosos não encontram espaços porque este tipo de pensamento não gosta de limpeza, e a nossa conduta sobre as demais coisas também mudam, passamos a pensar sobre a palavra respeito. Respeito ao compromisso assumido, respeito com o horário marcado, respeito com os nossos filhos e companheira (o), respeito com o dinheiro, respeito com as nossas diferenças pessoais, respeito com a natureza e animais, etc.

5ª FEIRA – QUARTA LIÇÃO
- LIMPE MAIS

Passamos admirar a limpeza porque também nos conduz à organização e desenvolvimento pessoal, até o dinheiro se torna mais freqüente. Só fui entender este lado quando li o livro “O Espírito do Dinheiro” de Júlio Sampaio de Andrade. Foi quando compreendi que o conhecimento que obtive nos cursos de finanças foi importante para aprender como podemos controlar, dirigir, analisar investimentos e outros instrumentos financeiros, mas será um furo no barco se não houver o respeito. Muitas empresas pagam religiosamente em dia seus compromissos e mais pessoas ficam interessadas em lhes ofertarem oportunidades e melhores condições de compra. Por este motivo tem um ditado que diz “dinheiro chama dinheiro”, mas o que realmente está por traz disso eu chamo de RESPEITO.
Quanto mais limpamos nossa mente mais se tem a preocupação com o respeito por outras pessoas e mais coisas positivas surgem em nossas vidas, é um constante dar e receber, quanto mais doamos mais recebemos e não é assim que funciona a natureza de todas as outras coisas?
Quando o homem se distanciou da sua natureza achando que poderia agredir e explorar o solo indiscriminadamente provocou em seus corpos doenças causadas pela poluição, desmatamento e pelo estresse dos desejos de possuir riquezas quando a maior riqueza estava e ainda está dentro de si mesmo, mas que é difícil encontrar no tumulto e na desorganização.
Dispostos a ter uma maior aproximação junto à sua natureza perdida pelos falsos valores sociais, os naturistas encontram, através da nudez, um modo de dizer ao mundo que nós somos também parte da natureza que estamos destruindo por não considerar que temos, antes de tudo, de limpar nossas mentes.

6ª FEIRA – QUINTA LIÇÃO
- HORA DE RECEBER O DIPLOMA

Tornamos-nos especialistas em faxina, chegou à hora de ser remunerado pelo trabalho executado durante a semana. De tanto limpar ficamos transparentes, esta transparência nos dará condições de que não será preciso nos esconder atrás de máscaras e das nossas imperfeições porque será reconhecido que todas as pessoas são igualmente imperfeitas e neste caso não há porque envergonhar do corpo e sim dos pensamentos. Não será também preciso sofrer por uma beleza inatingível, lógico temos que nos cuidar, faz parte da faxina, mas não pode se tornar uma paranóia. O resultado disso é que passamos a sentir melhor com a gente mesmo e a ter mais paz.
O Professor Ricardo Sasaki em aula no curso “A Preciosidade da Vida” nos diz: “Poucos encontram a paz interior. Mas não porque eles tentam e falham, mas porque eles não tentam.”
Então, Naturistas são uma minoria, assim também são os defensores dos animais que tentam conscientizar a necessidade da paz interior para que se possa viver em harmonia com a natureza. Confirmando aqui a tradução de Laurindo Correia de H.T Willets – Farrar, Strauss & Giroux, NY 1981 pag 190: “A Paz constitui outro valor essencial para o Naturista. Ela começa afinal dentro de si e reflete-se em todos os seus atos, quer no seu relacionamento humano, quer com a Natureza. A harmonia que sente física e psiquicamente molda a sua atitude, tornando-o num ser profundamente pacífico.”
Novamente o Professor Ricardo faz uma citação de uma Peregrina da Paz dizendo: “NUNCA SUBESTIME UM GRUPO LIGEIRAMENTE UNIDO, TRABALHANDO PARA UMA BOA CAUSA. TODOS NÓS QUE TRABALHAMOS PELA PAZ JUNTOS, TODOS NÓS QUE ORAMOS PELA PAZ JUNTOS SOMOS UMA PEQUENA MINORIA MAS COM UMA PODEROSA COMPANHEIRAGEM ESPIRITUAL, NOSSO PODER ESTÁ PARA ALÉM DE NOSSO NÚMERO”.
Evandro Telles
14/09/09

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A História das Coisas


Na semana passada, em Curitiba, realizando um trabalho para formação de docentes, utilizei de algumas reflexões do documentário "A História das Coisas", como o Naturismo envolve a consciência ecológica e o respeito ao nosso semelhante, vale a pena divulgar aqui essa história, para que possamos uilizar dela para refletir um pouco sobre o quanto o Naturismo e nós naturistas temos contribuidos para as questões ambientais, e também o quanto essa filosofia de vida tem sido utilizada como forma de comércio e lucros ambientalmente e socialmente impensados.
A História das coisas, analisa o consumo, da extração e produção até a venda, uso e disposição, todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afetam a sociedade no nosso país e nos outros, mas a maioria disto é propositadamente escondido de nossos olhos pelas empresas e políticos. É um documentário, rápido e repleto de fato que olha para para o interior dos padrões de nosso sistema de extração, produção, consumo e lixo.
A História das Coisas expõe as conexões entre um enorme número de importantes questões ambientais e sociais, demostrando que estamos destruindo o mundo e nos destruindo juntamente com ele, trazendo um apelo para criamos um mundo mais sustentável e justo para todos e para o planeta.



Helio Fernando - Biólogo, Naturista e Ambientalista


Colaborador do NatParaná

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Documento Especial - 1992

Hoje meu amigo Flaviano me presesenteou com uma raridade. Mais uma, aliás, pois recentemente ele me enviou uma que é mais do que isso... Mas hoje quero falar da raridade que ele encontrou no youtube e acabou de me repassar.
A íntegra do programa "Documento Especial" exibido pela extinta TV Manchete em 1992, apresentando o naturismo no Brasil. Foi uma grata surpresa rever esse programa que eu assisti aos doze anos de idade, ouvindo pela primeira vez falar naquele pessoal que andava pelado o dia inteiro...
Na época, eu me lembro que achei o máximo, mas nunca me passou pela cabeça que, anos depois seria líder de um grupo naturista, defensora desta filosofia de vida... Pois é!
Acredito que, como eu, muitos outros ouviram falar de naturismo pela primeira vez neste programa. Então, vamos matar a saudade... Os que não viram ainda, é uma boa pedida!

Segue, abaixo, os links para cada uma das quatro partes do vídeo:


Documento Especial - Naturismo - Rede Manchete - parte 1/4
http://www.youtube.com/watch?v=BoDCAXiCqZY

Documento Especial - Naturismo - Rede Manchete - parte 2/4
http://www.youtube.com/watch?v=dm1khbJmoIk

Documento Especial - Naturismo - Rede Manchete - parte 3/4
http://www.youtube.com/watch?v=B67XlKIuTyg

Documento Especial - Naturismo - Rede Manchete - parte 4/4
http://www.youtube.com/watch?v=2O4lKUwUzh0

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mogi será arena de naturismo e ecologia

Em Mogi-Mirim, interior de São Paulo, acontecerá o “Econaturis – Encontro Nacional de Naturismo e Ecologia” nos dias 18, 19 e 20 de setembro. É um encontro que visa proporcionar aos participantes possibilidades de relacionamento afetuoso com a Terra através do naturismo, tendo como ênfase a vida e suas manifestações. “Estamos celebrando o dia da árvore que é 21 de setembro e antecipando a entrada da primavera dia 23”, diz Leivas, organizador do evento. O programa consta com atividades que denotam a simplicidade do campo somada a um toque de alegria, leveza e muita criatividade. Entre as atrações está a confraternização gastronômica “Roda de Sopa de Raiz”, a exposição “Bonecos de Palha” feitos por artesãs locais, concurso de pescaria com degustação do pescado, a plantação de mudas de árvores frutíferas e nativas, práticas esportivas e recreativas, piscina com cascata e a “Prosa Ecológica”. As atividades são livres e optativas. No sábado acontecerá o “Molukatu” – noite tribal ritualística com jantar típico na fogueira de chão e surpresas.
Econaturis. Um dos diferenciais é a “Gastronomia Econaturis” que revela práticas orgânicas e/ou sustentáveis com exclusividades como a bebida “Caboclo Quente” que poderá ser degustada durante o evento e o “Ecochurras”. Os organizadores ainda confirmam a promoção “Você nas Alturas” com sorteio de um voo de ultraleve entre os participantes, que será executado durante o encontro. O contemplado poderá admirar uma bela vista paisagística e natural das cidades da região e da Serra da Mantiqueira.
Naturistas de todas as idades estão convidados e poderão se hospedar em camping ou em alojamento no sistema de acantonamento. O local será a Chácara Amélia, na região do aeroporto de Mogi-Mirim, há 48 km de Campinas e 160 km de São Paulo.
O Econaturis é realizado e organizado pelo publicitário e naturista Marco Leivas, assistido pela técnica em meio ambiente Bianca Zibordi com assinatura da Natusapiens – Conceito em Naturismo Contemporâneo, um ideário que tem por objetivo a produção de possibilidades conceituais que promovam o naturismo contemporâneo brasileiro em sua integralidade.

O evento conta com o apoio e adesão de grupos naturistas vinculados à Federação Brasileira de Naturismo. Mais informações poderão ser obtidas pelos grupos virtuais como o NIP, Ynai-Brasil, Internat e Natlagos, pelos e-mails freakingina@yahoo.com (Marco) ou bianca.zibordi@gmail.com (Bianca) ou ainda pelos telefones (19) 9297-0781 ou 8153-3802.
Em Mogi-Mirim, interior de São Paulo, acontecerá o “Econaturis – Encontro Nacional de Naturismo e Ecologia” nos dias 18, 19 e 20 de setembro. É um encontro que visa proporcionar aos participantes possibilidades de relacionamento afetuoso com a Terra através do naturismo, tendo como ênfase a vida e suas manifestações. “Estamos celebrando o dia da árvore que é 21 de setembro e antecipando a entrada da primavera dia 23”, diz Leivas, organizador do evento. O programa consta com atividades que denotam a simplicidade do campo somada a um toque de alegria, leveza e muita criatividade. Entre as atrações está a confraternização gastronômica “Roda de Sopa de Raiz”, a exposição “Bonecos de Palha” feitos por artesãs locais, concurso de pescaria com degustação do pescado, a plantação de mudas de árvores frutíferas e nativas, práticas esportivas e recreativas, piscina com cascata e a “Prosa Ecológica”. As atividades são livres e optativas. No sábado acontecerá o “Molukatu” – noite tribal ritualística com jantar típico na fogueira de chão e surpresas.
Econaturis. Um dos diferenciais é a “Gastronomia Econaturis” que revela práticas orgânicas e/ou sustentáveis com exclusividades como a bebida “Caboclo Quente” que poderá ser degustada durante o evento e o “Ecochurras”. Os organizadores ainda confirmam a promoção “Você nas Alturas” com sorteio de um voo de ultraleve entre os participantes, que será executado durante o encontro. O contemplado poderá admirar uma bela vista paisagística e natural das cidades da região e da Serra da Mantiqueira.
Naturistas de todas as idades estão convidados e poderão se hospedar em camping ou em alojamento no sistema de acantonamento. O local será a Chácara Amélia, na região do aeroporto de Mogi-Mirim, há 48 km de Campinas e 160 km de São Paulo.
O Econaturis é realizado e organizado pelo publicitário e naturista Marco Leivas, assistido pela técnica em meio ambiente Bianca Zibordi com assinatura da Natusapiens – Conceito em Naturismo Contemporâneo, um ideário que tem por objetivo a produção de possibilidades conceituais que promovam o naturismo contemporâneo brasileiro em sua integralidade.
O evento conta com o apoio e adesão de grupos naturistas vinculados à Federação Brasileira de Naturismo. Mais informações poderão ser obtidas pelos grupos virtuais como o NIP, Ynai-Brasil, Internat e Natlagos, pelos e-mails freakingina@yahoo.com (Marco) ou bianca.zibordi@gmail.com (Bianca) ou ainda pelos telefones (19) 9297-0781 ou 8153-3802.




*Marco A. Leivas é publicitário e naturista